top of page
Buscar
  • Foto do escritorMarcela Catunda

Tô nem aí versão 2024, mais destemida do que nunca!

No dinâmico cenário corporativo, a mudança sempre foi minha única certeza. Lanço a pergunta que eu mesma respondo: vida pessoal e trajetória profissional seriam estradas paralelas? Peço licença para compartilhar uma narrativa pessoal que reflete essa interseção entre minha vida e minha carreira, um texto que tem uma mensagem simples, mas fundamental para mim: o poder de se adaptar e de amadurecer diante das inconstâncias da vida. Minha Nossa Senhora do Desprendimento, segura essa marimba! Quem diria que eu adotaria como mantra a irresponsável frase "Tô nem aí"? Olha, eu era outra pessoa, juro!


Primeira Demissão - final de 1989

- Marcela, vão demitir uma galera!

- Tô nem aí! Vou bem ali virar CEO de mim mesma.

E não virei, mas só eu sei o tempo que passei procurando desesperadamente meu cartão de ponto naquela fatídica quinta-feira do meu primeiro apocalipse corporativo. A verdade é que eu não estava nem aí, nem ali, nem em lugar nenhum, eu estava, literalmente, na rua.


Primeiro Fora - 1982

- Marcela, acho que nosso lance tá muito intenso, sabe?

- Tô nem aí. Passa o shoyu porque o missô tá sem sal.

E num domingão de sol, enquanto eu reinava absoluta na janela do meu apê, vi o dito cujo de mãos dadas com sua nova amizade colorida. Num piscar de olhos virei ex-musa do verão passado.


Primeira renovação de locação de imóvel - 1992

- Marcela, seu salário é insuficiente para a renovação.

- Tô nem aí. Meu talento não cabe num contracheque!

Lá fui eu, atrás de um apê que aceitasse minha arte como pagamento e, claro, de novos romances. Mas, conforme a vida me serviu uns momentos mais amigáveis, fui me apegando aos bons tratos, aos dinheiros não contados e aos amores, até os inventados. 


Quando nesse meio tempo, minha mente foi atingida por uma bigorna de sensatez? Sabe Deus. Só sei que comecei a dar aquela ligadinha básica para a vida. Porque, no fim, viver de boas é uma delícia. Aquela calmaria de saber que, na montanha-russa da vida, nem sempre despencamos. As vezes, a gente só curte a vista lá de cima. Meu gráfico de vida? Um eterno sobe e desce – e quer saber? Tô nem aí, ou será que agora eu tô?

12 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page