top of page

Cortei, Forrei e Chorei!

  • Foto do escritor: Marcela Catunda
    Marcela Catunda
  • 23 de jun.
  • 2 min de leitura

Entre um freela e outro, eu estudo. Às vezes coisas úteis, às vezes coisas que não servem pra absolutamente nada. Tipo aprender a reformar uma poltrona, mesmo sem ter uma.

Já tentei também fazer uns pompons em forma de morango, achando que seria moleza. Três horas depois, dois tutoriais coreanos e uma leve revolta existencial, nascia um único morango torto e um amargo sentimento de missão (mais ou menos) cumprida. Fazer coisas à mão é isso: um céu infinito de possibilidades, onde tudo pode dar errado e ainda assim ficar fofo, mesmo que torto.

Eu costuro, bordo, pinto, faço feltragem, crochê, tricô... O que for possível ou impossível, eu tento. Nem que seja pra chorar de ódio até conseguir. O texto abaixo é sobre isso especificamente, sobre o meu momento forradora obsessiva de botões.

Se quiser me ler, será um prazer. :D Foto real de meus botões forrados.

Teve uma época em que eu fiquei obcecada por forrar botões. Obcecada real.

Eu olhava meus tecidos, escolhia um detalhe e já saía com a tesoura cortando tudo, só pra capturar uma florzinha que tinha porque tinha que virar um botão forrado. Só um. Senhor, onde eu estava com a cabeça? Talvez num universo paralelo onde botões forrados definissem o destino da humanidade. Vai saber.


Exageros a parte, a mania passou. Talvez porque eu nunca tenha usado os tais botões que forrei... o destino? Praticamente todos viraram presente e foram dados como quem distribui lembranças de um surto têxtil. Um souvenir de loucura artesanal. Olé!


Mas, se você acha que eu parei de cortar tecido, enganou-se! Continuo recortando minhas estampas com a mesma dedicação insana de antes, só que agora para fazer aplicações nas minhas costuras. Escolho os detalhes mais adoráveis, como se cada recorte fosse uma obra-prima em miniatura: um passarinho do tamanho de uma unha do mindinho, a pontinha de uma casinha com flores entre as telhas, um coelhinho segurando um patinho... E lá vou eu, criando novos buracos nos tecidos. Olhando de longe, parece que até um ataque de uma traça faminta. No caso, a traça sou eu.

Sim, sigo obcecada por recortar conscientemente alguns tecidos. Tudo em nome da costura, da fofurice e do amor. E mesmo que depois eu chore... eu me lembro: os tecidos são meus, ninguém manda em mim eu faço o que eu quiser. :D (brincadeira, não sou tão malcriada).

 
 
 

Comments


bottom of page