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  • Foto do escritorMarcela Catunda

Reality, Meu Amor!

Reality show é um programa de TV que busca capturar a "realidade" de pessoas comuns ou celebridades, colocando-as em situações que vão de competições a experiências emocionais. Embora vendido como “autêntico”, dizem as más línguas que o conteúdo é frequentemente moldado pela edição para criar uma narrativa heroica ou “destroica”.

 

Dito isso, tenho uma confissão a fazer! Se eu pudesse, passaria meus dias inteiros imersa na minha 4k assistindo realities shows. Não estou falando daqueles de confinamento, onde pessoas ficam trancafiadas numa casa brigando por quem vai usar o banheiro primeiro. Não, não, não! Meu coração bate mesmo é pelos realities que celebram o amor, a culinária, a confiança, a maquiagem, a alta e baixíssima costura e claro a venda de imóveis milionários! Sim! Sim! Sim! Porque depois de quase dez anos, não aguento mais reality de reforma. Chega de esperar quatro blocos para ver o quanto aquele 3D vai se parecer com o projeto entregue. Eu quero é casa nova. Aliás, novas, imensas, com piscinas, cascata e toda cafonice que Miami Vice, a série, trouxe para minha vida arquitetônica e nunca  veio buscar. Obrigada, Don Johnson.

 

Você pode estar pensando: " Mas Marcela, você já trabalhou em televisão, conhece os bastidores, como pode gostar de algo tão... montado?" Ah, mas aí que está o charme! Se tem uma coisa que eu aprendi nos corredores iluminados e nos sets improvisados é que a vida real é muitas vezes mais absurda e surreal do que qualquer trama. Imagina só, um mundo onde as receitas se tornam obras de arte, onde casais são desafiados a confiar cegamente um no outro (literalmente), onde pincéis de maquiagem fazem mágica e onde a moda vira um desafio de estilos. E não podemos esquecer claro, do meu amado programa das mansões de milhões, onde cada casa parece ter saído de um sonho (ou de um delírio) com ideias tão absurdas que devem fazer até o mais extravagante construtor se questionar: "Será que foi um pouco demais?"

 

Vou voltar aqui! Ainda lembro da minha época de realities de reforma, que aflição gente. O designer diante de um banheiro minúsculo com a missão de transformar o cubículo num spa de luxo! Eu, grudada na tela, me perguntando como diabos eles vão conseguir instalar aquela banheira gigante sem destruir o resto da casa. É como se cada episódio fosse uma pequena fatia de um caos cuidadosamente orquestrado – e eu não consigo resistir, eu não consigo!

 

É, eu passaria meus dias maratonando realities. Sim, talvez eu enjoasse um pouquinho. Mas, vai, tem coisa melhor do que mergulhar no drama alheio enquanto a gente decide se aquele casal merece mesmo ficar junto? Ou então tentando adivinhar se o chef vai conseguir salvar aquela sobremesa desastrosa que ele atirou na bancada, se o corretor de imóveis vai finalmente convencer o comprador indeciso a fechar negócio em uma mansão cento e quarenta e cinco milhões de dólares e claro, se o cara da reforma vai conseguir transformar aquele apartamento minúsculo em um palácio funcional. Afinal é o sonho da proprietária.

 

A verdade é que, para mim, os realities são uma espécie de espelho que reflete o mais humano dos sentimentos: a vontade de ser visto, de se destacar, de provar que a gente pode ser o melhor em algo – mesmo que esse algo seja saber diferenciar um roux de um béchamel ou dominar o esfumado perfeito.

 

Então, sim, eu me declaro uma fã fervorosa dos realities. E se alguém aí tiver um pouco de paciência, me passe uma lista dos melhores para eu me perder nas maratonas! Porque eu adoro uma boa dose de vida real – por mais irreal que pareça.

E para mim os realities podem se apropriar da máxima que as pizzas amanhecidas se apropriaram há séculos: até quando é ruim é bom.

 

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2 Comments


isabelagarcia1
Aug 23

E agora temos o nosso preferido: o namorado ☀️

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Marcela Catunda
Marcela Catunda
Aug 25
Replying to

Exatamente!

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