Sabe aquelas palavras que ficam na sua cabeça, como uma música chiclete, que você canta mesmo quando ela não está mais tocando? Pois é, ressignificar é meu hit do momento. Ela não me larga. Talvez porque eu não a deixe ir.
Agora, sou uma "ressignificadora serial". E o que isso significa? Bom, significa que a vida, os amigos, os sentimentos, pensamentos, até aquele sapato que aperta o pé... tudo está passando pelo filtro da ressignificação. Estou por aí, rabiscando novas histórias em páginas velhas. Sabe aquelas folhas de caderno que a gente usava na escola, que ficavam esquecidas e, depois de alguns anos, acabavam virando barquinhos de papel? Pois é, eu dei uma ajeitada nesses barquinhos, e agora eles navegam em novos mares, rumo a novas histórias.
Estou dando uma cara nova para aquilo que não faz mais sentido, tipo aquela camiseta que a gente já curtiu, mas cansou da cara dela. Então a gente corta a gola, costura, borda na barra e sai por aí, vestindo uma nova história. Ressignificar pra mim é isso. É pegar a vida meio capenga e transformar em algo incrivelmente novo. E eu não disse perfeitamente novo.
Estou ressignificando, talvez por pura incompetência de jogar tudo fora, ou porque ressignificar seja uma brincadeira séria que me faz dar novos sentidos para tudo. Estou adorando ser essa ressignificadora serial, porque no fim das contas, ressignificar não é só um novo jeito de viver. É um baita estilo de vida! É viver sem culpar os rabiscos, ou julgar os borrões e os furos no papel que a borracha dos nossos erros deixou.
Mas tem uma coisa que eu nem penso em ressignificar: minha carreira! Porque sei que escolhi a profissão certa, cheia de palavras. Palavras que criam frases, conversas que viram pensamentos, que viram músicas ou diálogos que fazem parte de uma cena, de um capítulo...
Palavras! Palavras! Palavras! Palavras de Piracicaba. Ou seriam pamonhas?
Quem se importa? O que importa é que as palavras sempre me levam para onde preciso estar, no meio de uma boa história, com muito para contar.
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